A jornada foi promovida pelo curso de Farmácia da Universidade de Brasília nos dias 26, 27 e 28 de março. Motivar alunos e professores de Farmácia a se envolverem em atividades e debates sobre ensino, pesquisa e extensão foi o objetivo do evento que contou com o apoio da Fenafar e da Escola Nacional dos Farmacêuticos.

Na quarta-feira (26) a professora Silvana Nair Leite, Diretora de Educação da Fenafar e presidente da Escola Nacional dos Farmacêuticos deu uma aula sobre Ciências Farmacêuticas e Educação em Saúde para uma plateia de 300 alunos.

Em sua apresentação, Silvana destacou que “cada vez mais é esperado dos profissionais de saúde, em particular dos farmacêuticos, que eles atuem como educadores em saúde. Contudo, devemos ter claro que existem uma série de referenciais e técnicas que precisam ser conhecidas para que os resultados esperados sejam alcançados”.

A professora utilizou em sua apresentação várias referências teóricas para abordar o tema, entre elas estudos de Paulo Freire e Briceño Leon.

Silvana chamou a atenção dos estudantes para cuidados importantes que precisam ser tomados nas abordagens utilizadas junto à população quando se faz educação em saúde. “Devemos evitar o uso de imagens e símbolos que não representam a realidade e desta forma possam gerar o efeito oposto do esperado. Por exemplo, o uso de comprimidos animados, com carinhas não é real. O comprimido não é um bonequinho. Ou então mostrar vários comprimidos coloridos. Essas representações podem passar uma mensagem de atratividade que pode estimular o uso do medicamento”, alertou a professora.

Outra preocupação levantada pela presidente da Escola dos Farmacêuticos e com a representação que fazemos dos profissionais de saúde. “O farmacêutico real não é aquele engravatado que vemos na maioria das imagens que circulam nos nossos materiais. Muitas vezes ela é uma moça jovem, recém-formada e que vai trabalhar de jeans, tênis e camiseta. Temos que tomar cuidado para não criar uma imagem estereotipada do profissional que desqualifique o profissional real”, afirmou Silvana.

O tema de educação em saúde tem sido cada vez mais importante no dia a dia da profissão, é fundamental buscar informações e qualificação para aprimorar o trabalho da categoria.