Mais de 70 pessoas se reuniram em Aracaju para discutir propostas para valorizar a profissão farmacêutica.

O encontro reunião farmacêuticos, estudantes, gestores e usuários que aprovaram propostas que serão encaminhadas ao 8º Congresso da Fenafar e que integrarão as propostas da Federação para a 15ª Conferência Nacional de Saúde.

Promovido pelo Sindicato dos Farmacêuticos de Sergipe – Sindifarma, o encontro da Universidade Federal de Sergipe e de dois Centros Acadêmicos de Farmácia: Cezertina Reges e Alexandre Fleming.

Para o diretor da Fenafar, Dalmare Anderson, o encontro de Sergipe “foi gratificando porque houve uma grande participação de estudantes (graduandos e pós-graduandos), usuários e gestores. É bom ver que mesmo sendo o menor estado da Federação, com poucos farmacêuticos, temos grande participação nos nossos eventos. E fico feliz de a Fenafar valorizar todas as suas entidades. O encontro mostra como é importante mobilizar o controle social para discutir a Assistência Farmacêutica”.

Fernanda Manzini da Escola Nacional dos Farmacêuticos endossa essa avaliação. Para ela, o encontro em Aracaju “foi diferenciado porque além de ter uma grande participação de farmacêuticos, houve uma presença importante do controle social, que assim como na oficina do PNAF, contou com a presença de conselheiros de municípios do interior que enriqueceram o debate com suas experiências.

Manzini chamou atenção para o nível politizado dos debates que reforçaram a necessidade “da defesa da estruturação da Assistência Farmacêutica e da defesa do SUS. O encontro aprovou propostas contra a terceirização, uma moção contra o Projeto de Lei do Senado – PLS 284 que permite a venda de Medicamentos Isentos de Prescrição em minimercados e correlatos. Foi um encontro que teve muita discussão sobre temas próprios do Estado e da região nordestes, além de um debate forte sobre educação, com propostas de melhorias da graduação e de fortalecimento do residente para que a carreira única do SUS leve em conta a formação em residência”, sublinhou.

Entre as propostas que surgiram no encontro foram aprovadas: a criação de novos laboratórios oficiais em regiões distantes dos centros produtores de medicamentos, moldado as necessidades locais; fortalecimento e ampliação de editais específicos para pesquisa e desenvolvimento de medicamentos que atendam as necessidades do SUS; promover ações de educação em saúde que desmistifiquem a ideia de má qualidade de medicamentos e serviços no SUS; maior incentivo da integração ensino e serviço para formação do profissional farmacêutico no SUS com práticas humanizadas e voltadas para as necessidades da comunidade; que a progressão dos professores universitários tenha maior impacto com atividade relacionadas à extensão desenvolvidas no âmbito do SUS; necessidade de estruturação do serviço de saúde, com incremento financeiro, para receber os acadêmicos e residentes; que o processo de discussão das diretrizes curriculares inclua na discussão profissionais de saúde do SUS e o controle social; lutar pela aprovação da carreira única do SUS, e que a residência seja o mecanismo de ingresso dos profissionais; ampliação da oferta de Residência de Base Comunitária para todos os cursos da área de saúde; valorização dos preceptores e tutores do SUS por meio da progressão de planos de cargos e carreiras e destinação de carga horária para a atividade; aumento no número de disciplinas voltadas a saúde pública e atividades práticas que privilegiem a multiprofissionalidade nos cursos de graduação em Farmácia; incentivo a novos modelos de formação em saúde com integração dos alunos aos serviços de saúde desde os primeiros períodos da graduação, como o exemplo do Campus de Lagarto da Universidade Federal do Sergipe; regulamentação dos veículos de comunicação sobre as informações de medicamentos que são veiculadas nas mídias; incentivo a promoção de campanhas em veículos de comunicação que esclareçam o papel do farmacêutico no processo de cuidado ao paciente.

Da redação