O Projeto Integra continua viajando o país! Dessa vez, chegamos em Fortaleza!
Iniciativa surgiu em 2021, em pleno contexto da pandemia de Covid-19. Após a primeira fase, que reuniu mais de 700 pessoas de todos os estados do país, em uma capacitação online, com duração de oito semanas, o Projeto Integra entra em sua segunda fase, em formato presencial.
Durante todo dia (19/05), no Meridional Center, conselheiros de saúde, integrantes dos movimentos sociais e das entidades da sociedade civil organizada, profissionais e gestores da saúde, professores, pesquisadores e estudantes, discutiram temas relevantes para a saúde pública do país. Devido aos protocolos sanitários contra a Covid-19, todos os participantes foram testados antes do encontro.
Ao todo, sete capitais foram contempladas no Projeto Integra, que visa promover estratégias para a integração de políticas e práticas da Vigilância em Saúde, Assistência Farmacêutica, Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde no âmbito da gestão participativa e dos movimentos sociais.
Durante a manhã do primeiro dia do encontro, os debates buscaram entender como as diversas políticas públicas em saúde se relacionam com o cotidiano da população. Políticas de Assistência Farmacêutica, de Vigilância em Saúde, e as Tecnologias e Inovações em saúde estavam na pauta das discussões.
A abertura contou com a presença de André Cavalcante, Presidente do Sindicato dos Farmacêuticos do Ceará; Fernanda França Cabral, gestora da Coordenadoria de Políticas de Assistência Farmacêutica da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará; Nívia Tavares Pessoa, Coordenadora da Assistência Farmacêutica de Fortaleza; Carlos José Matos Franco, representante dos Farmacêuticos junto ao Conselho Municipal de Saúde de Fortaleza; Oscar Rocha, Conselheiro Estadual de Saúde de Sergipe no segmento Trabalhado; Pablo Renoir Fernandes de Sousa, Conselheiro Estadual de Saúde do Rio Grande do Norte , e das equipes de Coordenadores da Escola Nacional dos Farmacêuticos e da Federação Nacional dos Farmacêuticos (FENAFAR). A diversidade de representações confirmou a importância do Encontro.
Luiza Arueira, da coordenação executiva do Projeto Integra, definiu e encaminhou a dinâmica do Encontro Regional, a metodologia de trabalho dos grupos e indicou algumas perspectivas e resultados esperados para o Encontro. Na sequência, Célia Machado Gervásio Chaves, também da coordenação executiva do Projeto Integra, falou do intuito da iniciativa: “Queremos mobilizar novos participantes e estimular aqueles que já estão envolvidos no projeto, a partir de uma metodologia que proporcione a construção de estratégias coletivas de ação, trazendo os sujeitos para um papel ativo no fortalecimento das políticas.”
Em ação: vamos para as discussões!
No período da tarde, os participantes reuniram-se em dois grupos que identificaram dois problemas; dois gargalos que precisam de solução. Foram eles: modelo privatista da saúde como política governamental e disseminação de informações falsas em saúde.
Ao identificar problemas, os atores envolvidos no processo, realizaram as proposições de ações, guiando as definições de acordo com a política dos movimentos sociais.
A hora é de propor ações de fortalecimento – considerando as especificidades do território – para Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, para Política Nacional de Assistência Farmacêutica e para Política Nacional de Vigilância em Saúde, convergindo para catalogação dos principais problemas da saúde hoje, momento em que há uma crise sanitária, com o advento da pandemia, baixos investimentos e fragilização das políticas de assistência.
Sobre o Dia I do Integra:
Para André Cavalcante, Presidente do SINFARCE o primeiro dia do encontro serviu para “catalisar experiências, identificar problemas contemporâneos e propor saídas para o futuro. Futuro, onde a assistência farmacêutica, a ciência e o SUS, saiam fortalecidos”.
A Presidente do Conselho Regional de Farmácia do Ceará, Arlândia Nobre, enfatizou a importância do encontro: “uma construção coletiva; dentro das mais diversas representações. Muitas mentes pensando na construção de uma assistência farmacêutica que atenda as necessidades da nossa população. Com uma perspectiva de uma vigilância em saúde que atenda os nossos principais agravos e que reconheça o amplo espectro da saúde pública em nosso País. Precisamos pensar juntos e nada como um Encontro como esse”.
A dinâmica de debates, em grupo, teve o compartilhamento de experiências, reportando desafios para melhoria do SUS, gerando reflexões e busca por alternativas.
Em tempo!
A iniciativa, promovida pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Escola Nacional dos Farmacêuticos (ENF), com apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), deverá encaminhar, em forma de documento, os principais pontos debatidos em cada território, para o 9º Simpósio Nacional de Ciência e Tecnologia e Assistência Farmacêutica (9º SNCTAF), que ocorrerá nos dias 15 e 16 de setembro de 2022, na sede da Fiocruz no Rio de Janeiro (RJ).
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Depois de Fortaleza, os encontros presenciais do projeto Integra ocorrerão nas cidades de Rio Branco (AC), de 2 e 3 de junho; Goiânia (GO), de 23 e 24 de junho; São Luís (MA), de 7 e 8 de julho e Florianópolis (SC), de 14 e 15 de julho.
Por Julyanna dos Santos Albuquerque