Resultados do Projeto Integra são apresentados em workshop durante 6º Congresso da ABCF
Um workshop durante o 6° Congresso da Associação Brasileira de Assistência Farmacêutica (ABCF) que ocorreu em Brasília nos dias 04 a 06 de novembro, debateu os conteúdos acumulados em todas as etapas de discussões dos sete encontros regionais do Projeto Integra realizados ao longo de 2022 e do 9° Simpósio Nacional de Ciência, Tecnologia e Assistência farmacêutica realizado no Rio de Janeiro em setembro passado.
A atividade com o tema “Prioridades de pesquisa em farmácia a partir da identificação participativa de necessidades sociais” foi apresentada pela coordenadora geral do Instituto Escola Nacional dos Farmacêuticos, Silvana Nair Leite e contou com a participação dos professores Armando Silva Cunha (UFMG) e Luciano Soares (UFSC).
Silvana apontou em sua fala os desafios para reconstrução das políticas públicas e o papel do Projeto Integra ao construir uma agenda propositiva para as políticas de Assistência Farmacêutica, Vigilância em Saúde e Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde. Destacou que os materiais produzidos, incluindo a discussão no workshop, serão amplamente discutidos para apoiar as conferências municipais de saúde que já iniciam este mês.
Luciano, professor do Programa de Pós-Graduação em Assistência Farmacêutica (PPGASFAR/UFSC) discutiu com os participantes a conceituação de necessidade em saúde e sob que perspectivas as necessidades em saúde estão sendo definidas atualmente.
Armando, coordenador adjunto da área da Farmácia na CAPES, apontou a importância da pós-graduação para a retomada do desenvolvimento sócio-econômico do país e o seu papel fundamental no combate ao negacionismo e a ignorância. Destaca que o financiamento da ciência deve ser compreendido como investimento e não como gasto, sendo o elemento propulsor para o país avançar de um patamar de indústria de baixa tecnologia para uma indústria de alta tecnologia, o que proporcionará um aumento da qualidade de vida e de renda da população. Exemplifica que o Brasil possui 7,6 doutores para cada 100 mil habitantes, taxa muito inferior a países como Japão (13 doutores/100 mil hab.), Alemanha (34,4 doutores/100 mil hab.) e Inglaterra (41 doutores/100 mil hab.).
Após a explanação, dos palestrantes os cerca de 40 participantes do workshop foram divididos em grupos para analisar as propostas construídas no Grupo de Trabalho que debateu “Pesquisa baseada em necessidades sociais” no 9º Simpósio. Os participantes destacaram a importância do envolvimento da comunidade na definição das prioridades de pesquisa e que sejam garantidos os mecanismos de autonomia das universidades. Reforçaram a importância de políticas públicas voltadas para o fortalecimento da extensão.
Segundo a equipe organizadora do workshop, a atividade foi um importante momento para divulgação dos resultados do 9º Simpósio e para a reflexão e construção de uma agenda propositiva com os pesquisadores presentes na discussão de como a pesquisa na área da Farmácia se relaciona com as necessidades em saúde da população.
Redação: Instituto Enfar