Movimento em defesa do acesso universal às tecnologias em saúde faz chamada para novos estudantes
A organização Universidades Aliadas por Medicamentos Essenciais (UAEM) Brasil está realizando uma chamada para que novos estudantes integrem a organização em 2023. Uma reunião virtual na próxima segunda-feira, (13/03), às 19h, vai apresentar a UAEM e tirar dúvidas de potenciais novos membros.
A UAEM é um movimento global de jovens universitários, de graduação e pós, de diversos campos do conhecimento, em defesa do acesso universal às tecnologias em saúde essenciais, do conhecimento livre e de um sistema de inovação em saúde voltado ao atendimento das necessidades em saúde, sobretudo aquelas mais negligenciadas.
Neste link há um formulário para quem desejar se inscrever para a reunião
“Atuamos, principalmente, desde as nossas universidades e comunidades para propor mudanças em políticas, práticas e currículos acadêmicos a fim de auxiliar na garantia do direito à vida, à saúde e também do direito de todo ser humano de participar do progresso científico e de seus benefícios”, informa, Luciana Lopes, diretora executiva da UAEM na América Latina. Luciana Lopes faz parte coordenação colegiada do Instituto Escola Nacional dos Farmacêuticos (ENFar).
Segundo a Organização Mundial da Saúde, ao menos 10 milhões de pessoas morrem anualmente pela falta de acesso a medicamentos essenciais. A pandemia de Covid-19 escancarou o injusto resultado de um sistema de inovação em saúde global voltado ao lucro e ao monopólio das corporações: em setembro de 2021, 80% das doses de vacinas aplicadas estavam concentradas em países ricos. Enquanto isso, iniciativas para ampliar a produção e o acesso a essas tecnologias, e salvar vidas, foram duramente combatidas, 9 pessoas se tornaram bilionárias em 2021 a partir dos lucros com as vacinas anti-Covid-19.
Soma-se a esse cenário a constatação de que a maior parte das pesquisas que levam ao desenvolvimento das tecnologias em saúde são publicamente financiadas e, muitas vezes, conduzidas por universidades e instituições públicas de pesquisa.
Os estudantes, podem ajudar a mudar esse injusto cenário, participando desta chamada e incentivar colegas a participarem também. Professores, pesquisadores e outros profissionais das universidades também tem papel fundamental na divulgação e apoio à iniciativa.