DIÁLOGO DEMOCRÁTICO E HORIZONTAL SOBRE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E C&T
A coordenadora da Escola Nacional dos Farmacêuticos, Silvana Nair Leite, apresentou um breve balanço dos 10 encontros regionais que antecederam o 8º Simpósio Nacional de Ciência, Tecnologia e Assistência Farmacêutica, nesta segunda-feira, 10 de dezembro.
De acordo com Silvana, os encontros foram pensados para “promover o diálogo franco, democrático, direto e horizontal entre a comunidade, conselhos, academia, gestão, estudantes, pesquisadores sobre temas que interessam a todos, mas que não são compreendidos por todos. Ciência, Tecnologia e Assistência Farmacêutica são temas muito abstratos e difícil de serem inseridos na concretude da vida cotidiana”, afirmou.
Para aproximar esses temas da realidade do público que participou do encontro, buscou-se trabalhar com situações problemas, a partir de casos em torno dos quais se desenvolveriam os textos, por exemplo, o acesso ao sofosbuvir, para hepatite C.
Ela explicou que foram definidos 8 casos com situações presentes na realidade cotidiana relacionados à desabastecimento, doenças negligenciadas, laboratórios públicos, entre outros.
Silvana também trouxe um perfil dos participantes dos 10 encontros (Acre, Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Recife, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Salvador) e uma avaliação da metodologia e dos resultados.
“Tivemos uma boa presença de conselheiros municipais, o que é importante pela capilarização dos temas, porque é no âmbito dos municípios efetivamente serão construídas e levadas as propostas para a 16ª Conferência”, destacou a coordenadora da Escola.
Na sua avaliação, o “evento conseguiu reunir uma grande diversidade e amplitude de participantes e a discussão desses temas, às vezes muito abstratos e difíceis de pensar como componentes do dia-a-dia das pessoas, puderam ser discutidos a partir das diferentes realidades, expectativas e vivencias de muitos setores da sociedade. O que pudemos extrair desse processo foi uma defesa intransigente do SUS e do controle social da saúde como instituições do povo brasileiro e que precisam ser mantidos e ampliados”.
Os encontros também mostraram que as pessoas entendem a tecnologia como investimento fundamental, como instrumento ao direito à saúde como principio de cidadania, e que o acesso às tecnologias faz sentido para propor serviços humanizados.
“Houve um engajamento importante e a qualificação dos participantes. E a motivação para dar continuidade ao diálogo e para participar das etapas da 16ª CNS, fortalecimento do controle social e das políticas públicas de Ciência, Tecnologia e Assistência Farmacêutica”.
Renata Mielli, do Rio de Janeiro